A ferrovia estadual passará por 16 municípios e deverá gerar 100 mil empregos diretos e 100 mil indiretos.
As obras da 1ª Ferrovia Estadual do Brasil foi iniciada nesta semana em Mato Grosso. Serão mais de 700 km de trilhos que passarão por Primavera do Leste e outros 15 municípios do estado.
A primeira fase deverá ser concluída em três anos, iniciando em Rondonópolis, passando por Primavera do Leste, até chegar a Campo Verde e terá 211 quilômetros. Somente nesse trecho, o investimento ficará entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões. No total, a Rumo, empresa responsável pela execução do serviço, deverá investir mais de R$ 11 bilhões na obra, gerando 200 mil empregos diretos e indiretos.
Para o governador Mauro Mendes, essa é uma empreitada que altera a matriz logística de Mato Grosso, trazendo um grande impacto positivo não apenas para o agronegócio, mas também para o dia-a-dia das pessoas.
“A BR-163 está hoje estrangulada, é um grande gargalo logístico para os mato-grossenses. Mas, quando falamos em investimentos ferroviários, não estamos apenas cuidando da atividade econômica, da produção. Estamos cuidando das vidas das pessoas, das milhares de pessoas que passam por essa estrada e que terão muito mais segurança”, afirmou Mauro.
O prefeito Leonardo Bortolin, de Primavera do Leste, que integra o comitê dos gestores municipais no movimento pró-ferrovia desde 2018, destaca que a obra vai estimular a instalação de novas indústrias, aumentará o potencial de escoamento da demanda do agro mato-grossense, reduzindo custos logísticos para o transporte de cargas e permitirá diversificar cargas, além de gerar empregos.
"A expansão dos trilhos proporcionará não somente a saída de produtos de Primavera do Leste e região, mas como também a possibilidade de mercadorias serem trazidas e novos postos de trabalho. Isso é desenvolvimento econômico", diz Bortolin.
O vice-prefeito da cidade, Ademir Goes, enfatiza que a chegada da ferrovia irá estimular a competitividade, diminuição do custo do frete, diversificação logística e de produção.
Vale destacar que Mato Grosso é hoje o principal exportador de grãos do país e conta hoje com apenas 300 quilômetros de ferrovias, o que significa que com os novos trilhos irá mais do que triplicar a extensão ferroviária atual quando a obra estiver totalmente concluída.
Segundo o presidente da Rumo, João Alberto Abreu, a importância deste projeto é transformar completamente o nível de competitividade do Brasil para exportar seus produtos. “Está sendo construído mais de 700 quilômetros de ferrovia no coração do agronegócio brasileiro, no estado que hoje responde por 40% do que o país exporta de grão”, diz.