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E os exercem com muita competência e responsabilidade
08/03/2021
Mônia Maia, 35, enfermeira, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, tem atuado de maneira decisiva nesse momento de pandemia, porque está sob sua responsabilidade opinar sobre ações que visem minimizar os impactos do coronavírus nas medidas adotadas pelo Comitê de Enfrentamento a Covid-19, além de receber as vacinas e coordenar a vacinação, respeitando o protocolo que determina as prioridades tanto pela área de atuação (servidores que estão na linha de frente no combate ao Covid 19) como pela idade.
Experiente, Mônia nunca sentiu nenhum preconceito no seu trabalho por ser mulher, “se há alguma desconfiança na nossa atuação ela é velada, porque nunca me deparei com situações desconfortáveis e, entendo que capacidade independe de gênero”.
No serviço público Mônia trabalhou na UBS – Unidade Básica de Saúde, no bairro Eldorado e, “foi uma experiência muito rica para minha vida profissional” e lhe deu suporte para vôos mais altos e, nunca deixou de estudar e se aperfeiçoar tecnicamente – ela fez mestrado em Saúde Coletiva na Universidade Três Fronteiras e está fazendo doutorado em Epidemiologia na Fiocruz.
Danila Silva Martins, 35, está na linha de frente da vacinação e, nunca enfrentou dificuldades para exercer suas tarefas como enfermeira, quer “no PSF, como nesse momento em que os olhos da população estão voltados para nosso setor, nunca percebi
nenhuma desconfiança por ser mulher e estar na linha de frente de um trabalho decisivo”.
Segundo o olhar de Danila, a enfermagem é na sua maioria exercida por mulheres e, por isso não há desconfiança sobre nossa atuação, sobre nossa capacidade, “e nesse momento estamos atuando com precisão, comprometimento e muita responsabilidade para corresponder a expectativa da população e, acredito que estamos atingindo nossa meta”.
Maria Maíra Rodrigues, 50 anos, é servidora de uma empresa terceirizada que presta serviço a Prefeitura, experiente porque começou a trabalhar muito cedo na lavoura ajudando os pais, aos 18 anos, já na cidade, teve seu primeiro emprego como doméstica e nunca mais parou. Entretanto, aos 50 anos ela nunca viveu situações desconfortáveis por ser mulher, “poucas vezes senti algo diferente do que imaginava, mas consegui superar e, hoje tenho total segurança da minha capacidade de produzir, sobreviver e viver dignamente”.
Mãe de cinco filhos, ao lado do companheiro, Maria vê a ascensão da mulher como algo positivo, “podemos chegar onde queremos, com trabalho, força de vontade, de maneira lícita e de cabeça erguida”.
Conquistas determinantes
A luta pela independência da mulher é secular em todos os níveis sociais e foram várias etapas com persistência e coragem. O voto feminino foi uma das conquistas mais demoradas e difíceis. O
movimento sufragista, que foi o símbolo da luta feminina pelo direito ao voto, teve sua primeira vitória em 25 de outubro de 1927, segundo a historiadora Mônica Karawejezyk, com o reconhecimento do alistamento eleitoral feminino no estado do Rio Grande do Norte, através de uma lei sancionada pelo então governador José Augusto Bezerra de Medeiros que determinou que pudessem votar e ser votados, sem distinção de sexo, todos os cidadãos que reunissem as condições exigidas. A notícia correu o mundo.
Entretanto, essa luta permanece até hoje. As mulheres conquistaram o direito de votar, mas ainda é um desafio serem votadas. No Congresso Nacional – Câmara e Senado – é pequena a representação feminina, na Assembléia de Mato Grosso temos apenas uma deputada, portanto a luta é difícil, ainda existem muitas etapas a serem vencidas. Mas já foi dado alguns passos, caminhar e correr já não é impossível.
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