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E recebe apoio incondicional da Prefeitura para ser desenvolvido nas escolas
20/05/2019
Idealizado pelos procuradores de Justiça Paulo Prado e Eliane Maranhão o projeto Prevenção Começa na Escolatem por objetivo proteger criança do bullying e abuso sexual e, motivá-la a denunciar o autor, indiferente do vínculo familiar ou de amizade que ele possa ter com a família e, principalmente confiar nos professores caso não se sinta segura para dialogar dentro de casa. Com a experiência de 30 anos no Ministério Público, Paulo Prado, entende que esse projeto “é o ponta pé para conscientizar a criança da importância de ver a escola como um porto seguro, ter o professor como um aliado, que faz parte da rede de proteção e vai lhe dar o suporte necessário para a denúncia”. Esse projeto é algo inovador e brilhante e, não poderia ser diferente pela experiência e comprometimento de Paulo Prado.
A metodologia usada foi interessante – uma peça teatral Inocentes Pétalas Roubadas retratou com maestria o sofrimento da jovem abusada, a dificuldade de efetivar a denúncia, mas também a alternativa de falar com o amigo que soube acolher e entender o seu recado quando falava do seu problema, da sua dor. Paulo Prado reiterou que os resultados do projeto são excelentes, “em algumas situações logo após a apresentação da peça, aconteceu à denúncia, portanto o teatro é um instrumento útil que atinge de imediato os alunos e, serve como reflexão para quem sofre o abuso e para os colegas que estão a sua volta”.
Durante a apresentação do projeto, realizado nesta segunda-feira (20), no auditório do Instituo Federal de Mato Grosso, o secretário municipal de Cultura, Wanderson Lana, “o roteiro é delicado e difícil, mas necessário para despertar a coragem da denúncia, para que as crianças falem sem medo, não guardem só para vocês, quanto mais pessoas souberem, será mais fácil para solucionar o problema”. O defensor público Rafael Cardoso, parabenizou a iniciativa do Paulo Prado e, elogiou o roteirista que “tratou de um tema difícil de maneira leve, de fácil entendimento, utilizando a linguagem teatral que prende a atenção do público, o que permite que a mensagem chegue e se dissemine.
O delegado regional Rafael Fossari entende que a ideia do projeto foi muito feliz e, “plantar sementes na escola com certeza vai germinar e, o professor se torna um instrumento eficaz no combate ao abuso sexual, porque tem a confiança dos alunos”. Para Laura Kelly, a escola precisa ser o lugar onde as crianças e adolescentes se sentem seguras, acolhidas, porque a figura do professor é muito forte na vida dos alunos.
“Essa é a linguagem que precisamos”. Com esse olhar, a secretária municipal de Assistência Social, Márcia Rotilli, reconhece que o trabalho precisa ser intenso e permanente, “fizemos essa semana o pit stop para chamar atenção dos pais e esse projeto vem ao encontro das nossas ações, que é preparar o professor para mais essa tarefa- acolher e proteger as crianças”.
A juíza Lidiane Pampado reforçou a tese que o tema é triste e repugnante e relembrou a primeira audiência da qual participou - era de uma adolescente abusada dos sete aos 17 anos pelo próprio pai. “Esse fato comprova que a regra é acontecer mais de uma vez, daí a importância da confiabilidade entre o aluno e professor; é um chamamento para que o professor vá além de ensinar, salve vidas”.
O presidente da Câmara Municipal, Paulo Márcio, reconhece que a preocupação com as crianças e adolescentes é salutar e o Poder Legislativo se faz sempre presente em ações que tenham como foco a proteção as crianças. Segundo ele, “é fundamental que os professores fiquem mais atentos porque um detalhe pequeno pode chamar a atenção e revelar um fato que precisa ser denunciado”.
O prefeito Léo Bortolin entende que essa semente plantada hoje deve germinar nas escolas e cada professor e professora pode contribuir e ser decisivo nesse combate ao abuso sexual, “somos parceiros em todas as ações que protejam a criança e o jovem”. A Prefeitura atende através da secretaria de Cultura cerca de dois mil crianças e adolescentes com aula de teatro, música e dança e, no Esporte atende mais de 900 alunos em dez pontos da cidade, “como mecanismo de proteção a vulnerabilidade e a situações de risco”, segundo avaliação do prefeito. Participaram do evento, vereadores, secretários municipais, coordenadores, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, MP de Primavera do Leste, Policia Militar, Bombeiros, Juízes e alunos das escolas municipais e estaduais do município.
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