"Nós dependemos de logística com que Mato Grosso tenha mais competitividade de mercado", diz Leonardo Bortolin.
A primeira ferrovia estadual em Mato Grosso deve passar por Primavera do Leste e, assim, ajudar a aumentar a capacidade de escoamento da produção agrícola da região. O edital para o chamamento público foi lançado pelo Governo do Estado durante uma cerimônia em Cuiabá. O prefeito Leonardo Bortolin esteve presente no evento que marca o início da construção da ferrovia que vai formar um dos corredores logísticos mais versáteis do país.
De acordo com Bortolin, o terminal intermodal é uma das obras mais importante para fomentar o desenvolvimento econômico da Grande Primavera do Leste composta por 11 cidades em seu entorno, além de aumentar ainda mais competitividade do estado. "Nós dependemos de logística para fazer com que Mato Grosso que o custo de escoamento da safra seja reduzido e, desta forma, a gente consiga ter mais competitividade de mercado", afirma Bortolin, ao parabenizar o governador Mauro Mendes pela coragem de abrir o chamamento público.
O prefeito de Primavera do Leste também destacou que o investimento em novas ferrovias é necessário para oferecer estrutura logística e fazer com que a região se torne ainda mais atrativa para a instalação de novas indústrias. "A capacidade de escoamento não é importante apenas para o escoamento das riquezas da produção agrícola, mas, principalmente, para a indústria da transformação que está em constante expansão em nosso estado, assim também como as grandes redes de lojas que são ancoras do comércio", ressalta Léo Bortolin.
O projeto histórico para o estado fará a interligação Cuiabá a Rondonópolis, bem como Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional, além do trecho que irá passar por Primavera do Leste e Campo Verde.
A ferrovia vai concorrer com a BR-163, BR-174, com a Fico, com a Ferrogrão. O investimento de R$ 12 bilhões que vai ajudar a desafogar as rodovias e gerar mais de 235 mil empregos com a instalação de novas indústrias no estado. Os custos logísticos dos produtores também devem cair, uma vez que o frete ferroviário reduziu mais de 35% nos últimos cinco anos.
De acordo com Mauro Mendes, a ferrovia estadual vai formar um dos corredores logísticos mais versáteis do país e melhorar de forma expressiva a capacidade de escoamento de Mato Grosso, cuja estimativa é de chegar, em 2030, a produzir 120 milhões de toneladas de grãos por ano.
“Esse modal é muito importante para a saída dos grãos, mas também conecta a indústria e o comércio de Mato Grosso com o mercado nacional. A indústria de alimentos, de etanol, vai passar por essa ferrovia. E temos toda a segurança jurídica para fazer. Daqui a alguns anos ouviremos o apito do trem daqui de Cuiabá até o médio-norte”, pontuou Mendes.
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